21 janeiro, 2011

Como viver eternamente - Sally Nicholls

Com nome de livro de 'auto-ajuda', Como viver eternamente ganhou meu coração a alguns anos atrás.


Meu nome é Sam. Tenho onze anos. Coleciono histórias e fatos fantásticos. Quando você estiver lendo isso, provavelmente já estarei morto. Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.
Autora: Sally Nicholls
Editora: Geração Editorial
Páginas: 239
Preço: R$ 29,90


O livro é sobre Sam, um menino curioso de 11 anos, que sofre de leucemia há cinco anos. Em virtude da doença ele estuda em casa três vezes por semana com seu amigo Felix, a quem conheceu em uma de suas idas ao hospital. 
Sam mora com seus pais e sua irmã Bella, de 8 anos.
Em uma de suas aulas, sua professora Sra Willis, sugere que eles escrevam algo sobre eles, Sam decide então escrever um livro, uma espécie de diário onde ele expõe suas idéias e nos conta um pouco de sua história, com explicações simples e diretas sobre como é conviver com a doença. 
É inacreditável a beleza deste texto, com um enredo que possui todos os ingredientes para se tornar um drama, é uma rica e emocionante lição de vida. 


'Perguntas que ninguém responde - Parte 2
Por que Deus faz as crianças ficarem doentes?'


'Acordei. Estava mesmo deitado na cama grande, como no meu sonho. O quarto era banhado por uma luz leve e suave e uma calma de início de manhã. Mamãe dormia de lado. Papai estava acordado ao meu lado. Quando me viu olhando, sorriu para mim.
- Oi - disse ele, e estendeu a mão. Segurei-a firmemente na minha.
- Por que estou na sua cama? - perguntei.
- Porque você está com febre - disse ele.
Fiquei deitado, quieto. Senti-me muito estranho. Era como se meu corpo não me pertencesse mais; como se eu estivesse flutuando sobre ele. Senti-me pesado, velho e muito cansado.
- Amo você - disse papai, de repente.
Ele parecia tão distante e sem importância...
- Eu sei - respondi.
Ficamos ali, só nós dois, silenciosos e parados, eu segurando seus dedos entre os meus. Então fechei os olhos e peguei no sono.'


'Lista N° 11 - Coisas que quero que aconteçam depois que eu morrer
6. Podem ficar tristes. Mas não é permitido ficarem tristes demais. Se ficarem tristes toda vez que pensarem em mim, então como vão poder se lembrar de mim?'


Acredito que não existe resenha melhor que do que a orelha deste livro:


'Eu havia escrito e publicado em 1997 um livro infantil intitulado 'Eu vi mamãe nascer', cuja primeira frase era 'Mamãe morreu ontem', mas o texto de Sally Nicholls superava tudo o que eu já havia escrito e lido sobre a morte.
Era pungente, honesto, delicado, engraçado, comovente.
Respondi imediatamente que me sentia honrado por ter sido escolhido para publicar o livro de Sally no Brasil, pois eu não admitia sequer a possibilidade de ele ser publicado por outra editora.
O livro de Sam, escrito pelas mãos delicadas dessa menina, Sally Nicholls, me chegou completo apenas seis meses depois - quando editores de 16 países já haviam também adquirido os direitos de publicação - e eu o li numa única noite, rindo e chorando.
Ele não fala da morte, mas da vida.
Não fala do fim, mas da eternidade.
Não fala da tristeza, mas da alegria de viver.
Ele fala, sim, do que também é feio, mas é pura beleza.
Você vai lendo, lendo e se encantando com a maravilha da vida e do seu sentido, seja lá que sentido for esse.
E quando lê a página final, o testamento de Sam, com um nó na garganta e uma lágrima rolando pelo rosto, e você pensa apenas que, se um dia for morrer, que seja desse jeito.
Agradecendo a Deus, se você acredita em Deus, ou lá a quem seja, se não acredita - que importa? - pelo fato de que, sim, você viveu, e tirou de todos os seus minutos, de cada um deles, sem exceção, toda alegria e toda a beleza que a vida pode nos dar, enquanto apenas passamos, fugazmente, por esse nosso frágil lugar no cosmos.
Sim, este é um verdadeiro livro de auto-ajuda.
Neste sentido, 'Como viver eternamente' não é só um romance que pode ser lido por crianças acima de oito anos de idade, mas por qualquer ser humano de qualquer idade.
Basta ser humano. E estar vivo.'
                                                                            Luiz Fernando Emediato - Editor


Desejo anciosamente ler o novo livro de Sally Nicholls lançado no Brasil, A menina que conversava com o Verão.

10 comentários:

  1. Já havia lido vários artigos e críticas sobre o livro. Opiniões diversas, pontos de vistas variados. Mas todos sempre me levaram a acreditar que Como Viver Eternamente é uma obra que realmente precisa ser lida - e acima de tudo, sentida.
    Ansiosa para conhecer a história do pequeno Sam.
    Bela resenha!

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  2. Só pela primeira sinopse já vi q deve ser uma leitura otima! Agora q me lembrou aquele livro q eu estava lendo da menina q sofria leucmia tb e morreu, vc ate me perguntou se eu gostei.
    Anotando a dcia no skoob!
    bjks sumidiha!

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  3. Tenho muita vontade de ler esse livro, parece ótimo :D
    Mais um para minha listinha hehe

    http://fabiolaborges.blogspot.com

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  4. Gostei muito desse livro.acredito que esse não é um livro qualquer, acredito que pode ser mas do isso.
    Eu queria ser igualmente a ele, Sam.Esse livro me inspirou muito. Acredito que esse livro só ñ foi imaginação da autora, mas sim aconteceu de verdade.
    OBRIGADO SALLY NICHOLLS!!! POR SER TER ESCRITO ESSE LIVRO.
    Meu nome é ROSANGELA SOUZA,TENHO 16 ANOS, MORO EM SOBRAL CE.
    TENHO ORGULHO DE TER LIDO ESSE LIVRO.

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  5. Rosangela querida,
    compartilho o mesmo sentimento, amo esse livro!
    É fantástico ;)

    beijos

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  6. o melhor livro que já li. tenho 18 anos!!

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  7. "Procuramos achar as vezes um sentido pra vida em qualquer frase espiradora mais que mal a nisso ,só queremos ser feliz e não importa como.O primeiro livro que li de sally,o nome me chamou a atenção eternamente me lembrou a poderes e a não desistir. E foi ai que começou um cãos uma revolução de ideias de culpa e de egoismo por não querer viver,conheci san na minha mente senti seus detalhes suas dores alegrias,e no decorrer da historia me senti culpada por não ter forças parei de ler 1 dia mais... voltei a ler no outro dia kkk eu tinha q saber eu tinha q sentir o san,ri e chorei como boba,me imaginei sentindo como a autora criando um personagem delicado e lembrar da sensações magicas de quando eramos crianças e corriamos com tolhas no pescoço pelas ruas imaginando q podíamos voar, simplesmente ingenuo e uma sensação que esgota a respiração na melhorvibração ja sentida por mim . Manoela N...

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  8. O livro é simplesmente lindo, tocante , renovador ... simplesmente fantasticoo.. chorei do começo ao fim .. literalmente . Parabéns !!!

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  9. Esse livro é emocionante,cativante.É um dos meus Favoritos.

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  10. Esse livro é muito emocionante. Não tem como não chorar.

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Não dói e faz bem ao coração da autora ;)

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