A menina de vidro, Jodi Picoult

Como o próprio nome do blog diz, uma das minhas paixões é a leitura. E como boa leitora tenho meus autores favoritos, mas a que ganha em disparado é a autora norte americana Jodi Picoult, sei que muitos não a conhecem, alguns já devem ter ouvido falar dela atráves do filme 'Uma prova de amor' que foi inspirado em um de seus livros.

Já li seis livros desta autora e tenho muita dificuldade em dizer qual é o meu favorito, porque todos são incríveis. Confesso que quando vou a uma livraria ou pesquiso livros online, basta ver o nome da autora e efetuo a compra de imediato, sem ler uma linha da sinopse, sem saber sobre qual tema do livro retrata e conforme a leitura vou descobrindo o tema, conhecendo os personagens, me encantando e apaixonando por eles.

A menina de vidro foi um livro que adquiri assim, sem saber sobre a sinopse, mas como o título sugere, logo percebi que se tratava de uma menina frágil, mas me enganei, na verdade Willow tem uma saúde frágil, mas é perfeitamente forte e sábia.
Willow é uma menina de aproximadamente cinco anos de idade (não lembro ao certo, desculpe) que ainda no útero é diagnosticada com Osteogênese Imperfeita (OI, uma doença conhecida popularmente como ossos de vidro) pela obstétra Piper, amiga íntima da família. A família então composta pela mãe Charlotte, o pai Sean e a meia irmã Amelia se veem obrigados a se adaptar a esta nova realidade, a convivencia com uma criança com necessidades especiais.

Tudo vai relativamente bem, apesar dos "problemas" que a doença acarreta, até que a família decide realizar um plano há anos adiado, uma viajem em família para Disney. Mas tudo começa a dar errado quando Amelia esquece a carta onde o pediatra de Willow esclarece a doença, com isso quando a menina sofre uma fratura e é levada para o hospital mais próximo, os médicos percebem as muitas fraturas anteriores e contatam a polícia, pensando se tratar de um quadro de maus tratos. Após ter toda essa confusão resolvida, Sean procura um famoso escritório de advocacia para processar os policiais que os prenderam por maus tratos, mas é aí que a história toma rumos inesperados, o advogados mostram ao casal que o verdadeiro processo seria 'Nascimento Indevido', o que significa que Piper teria tido a obrigação de diagnosticar e informar ao casal a deficiencia de sua filha, para que eles então optassem ou não pela interrupção da gravidez.
Um processo como este mudaria muito a vida da familia, o dinheiro que seria ganho como indenização ajudaria muito a melhorar a qualidade de vida da Willow, mas por outro lado a mãe estaria processando sua melhor amiga e obstetra Piper e dizendo nos tribunais que caso soubesse da doença de sua filha, gostaria que ela não tivesse nascido.

O que você faria? Como agiria?
A autora conta a história através do ponto de vista de vários personagens, te fazendo conhecer o íntimo de cada um e conhecer melhor a doença.

Lia por horas, me pegava rindo com a doçura da Willow, com a fortaleza que era Charlotte, com o apoio de Piper, me entristecia com os problemas de Amelia e pesquisando cada termo médico e informação sobre a doença.
É um dos livros mais lindos que já li, daqueles que você guarda no coração, pela vida inteira...