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25 setembro, 2013

Piedade, Jodi Picoult

"Ainda que você consiga juntar todas as peças do seu coração quebrado, e mesmo que você acredite que pareça intacto, não há como voltar a ser a mesma pessoa que era antes de se machucar."                                                                                                                                                                                                                - Jodi Picoult 
Sim, minha autora favorita no blog outra vez! Acho que não vou sossegar até postar todos os seus perfeitos livros publicados no Brasil rs.
O livro de hoje conta a história de Allie, uma mulher com uma aparente vida perfeita, casada com seu amor da época do colégio, o delegado da cidade Cameron MacDonald. Ela trabalha com o que mais ama, sua floricultura. Mas esse retrato perfeito da paz é abalado quando um homem aparece na cidade com sua esposa morta no banco do carona.

Jamie é primo de Cameron, e entre todos os lugares possíveis escolhe a pacata cidade para então dar fim a vida de sua amada esposa Maggie.
O casamento deles é invejável, Jamie praticamente venera Maggie mas ela é acometida por um câncer e por mais tratamentos tenham sido feitos a doença é implacável e avança com rapidez, sua esposa sente fortes dores e não há perspectiva de cura, com isso ela pede a ele que seja feita uma especie de eutanásia, que ele a meta para acabar com o sofrimento. Mesmo sem concordar ele o faz, mas sem um depoimento anterior de sua esposa, Jamie é acusado de assassinato por seu primo, mas é Allie quem se compadece da situação e ajuda Jamie a provar sua inocência, causando assim um desconforto familiar.

"Um sorriso surgiu no rosto de Jamie, ficando tão diferente que Allie não o reconheceria se o visse na rua: Então é você. Allie olhou para ele: - Eu o quê? -A pessoa que ama mais - ele se aproximou da mesa, e as algemas bateram contra a borda de metal, enquanto ele fazia gestos de modo distraído. - Você sabe que as coisas nunca são iguais dentro de um casamento. Sempre tem quarenta para um lado, sessenta para outro, ou setenta e trinta. Alguém se apaixona primeiro. Alguém coloca o outro em um pedestal. Alguém se esforça muito para fazer com que tudo siga bem; alguém se esforça mais.  [...]  - Sou como você - Jamie disse. - Quem se apaixonou primeiro. Quem faria qualquer coisa para manter as coisas como eram no começo. Allie sentiu-se sufocada. Forçou-se a levantar : - Não faço ideia do que está falando. - Setenta e trinta - Jamie respondeu. - Mas você a matou - ela retrucou. Jamie balançou a cabeça: - Eu a amava - disse baixinho. - Eu a amava tanto que permiti que fosse embora."

O amor de Jamie por Maggie é incontestável, mas será que isso daria o direito a ele de tirar a vida de sua esposa mesmo se for para acabar com seu sofrimento?

22 julho, 2013

Dezenove Minutos

Dezenove minutos, parece tão pouco tempo não é? Mas em dezenove minutos muitas coisas boas ou ruins podem acontecer.
Este livro retrata um tema que tem sido muito debatido pela sociedade, no meu e no seu tempo provavelmente aquela brincadeirinha com alguma característica física que provavelmente você detestava, que te constrangia, não tinha nome, mas hoje é mundialmente conhecida como bullying. E é sobre isso que o livro retrata.

Jodi começa o livro com um trecho de uma carta escrita por um dos personagens principais, carta essa que li e reli inúmeras vezes.

"Quando você ler isto, espero que eu já tenha morrido.
    Não se pode desfazer uma coisa que aconteceu; não se pode retirar uma palavra que já foi dita em voz alta. Você vai pensar em mim e desejar que tivesse me convencido a não fazer isso. Você vai tentar decidir qual teria sido a coisa certa a dizer, a fazer. Acho que eu deveria dizer: Não se culpe, não é culpa sua, mas seria mentira. Sabemos que não cheguei aqui por conta própria.
   Você vai chorar no meu velório. Vai dizer que não precisava ter sido assim. Vai agir como todo mundo espera que você aja. Mas vai sentir saudade de mim?
   E o mais importante: eu vou sentir saudade de você?
   Será que eu ou você realmente queremos ouvir a resposta a essa pergunta?
"

Sterling era uma cidade tranquila de interior, mas essa aparente tranquilidade é abalada quando o jovem Peter Houghton abre fogo contra seus colegas, assassinando um professor, nove alunos e deixando vários deles feridos. Contando o que Peter fez você deve pensar: ele é um monstro! Mas a autora nos mostra que não é bem assim.

Peter era um menino doce, delicado, que sofria ridicularizações desde o seu primeiro dia na escola. Por ser fraco e inocente, era incapaz de se defender, com isso era frequentemente agredido física e psicologicamente. Quando criança ele ainda podia contar com sua amiga, sua única amiga, Josie Cormier mas conforme foram crescendo Josie trocou Peter por seus novos, populares e descolados amigos, deixando de ser uma presa tão fácil para o temido bullying.
Conforme a leitura conhecemos melhor o sofrimento diário de Peter na escola, a autora nos mostra seu passado, desde a infância, pré adolescência, ele é descrito como um jovem reservado, e sem amigos.

"-A Kaitlyn tinha um belo sorriso - disse o produtor.
 -Tem sim - respondeu Yvette, mas depois balançou a cabeça. - Tinha.
 -Ela conhecia Peter Houghton?
 -Não. Eles não eram do mesmo ano, não tinham aulas juntos. As de Kaitlyn eram no centro de aprendizado. - Ela apertou o polegar na beirada do porta-retratos de prata até doer. - Todas essas pessoas que estão andando por aí dizendo que Peter Houghton não tinha amigos... que Peter Houghton sofria provocações... Isso não é verdade -  disse ela.
 -Minha filha não tinha amigos. Minha filha sofria provocações todo santo dia. Minha filha era quem se sentia excluída, porque ela era mesmo. Peter Houghton foi simplesmente cruel.
   Yvette olhou para o vidro que cobria o retrato de Kaitlyn.
 -A psicologa da polícia me disse que a Kaitlyn morreu primeiro - disse ela. - Ela queria que eu soubesse que a Kaitie não sabia o que estava acontecendo e não sofreu.
 -Deve ter sido um consolo - disse o produtor.
 -E foi. Até começarmos a conversar e nos darmos conta de que a psicologa disse a mesma coisa para todo mundo que perdeu um filho. - Yvette olhou para frente com os olhos cheios de lágrimas. - O problema é que não tem como todos terem sido o primeiro."
Esse é um daqueles livros que você lê com lágrimas nos olhos e nó no estômago, daqueles que sente raiva em um momento e sente pena logo em seguida. Nada justifica um ato de violência, mas será que esse ato cometido por Peter não foi um grito desesperado de quem se viu sem alternativa, acoado e sem forças para reagir?
Será que não temos que reavaliar a educação que damos a nossos filhos?
Este é sem dúvida um livro maravilhoso que te faz crescer como pessoa, que te agrega valores e aprendizados para uma vida inteira.

18 julho, 2013

O filme perfeito, Jodi Picoult

Lembro da primeira vez que vi este livro, num stand do Submarino em uma bienal do livro aqui no Rio de Janeiro, a capa me chamou atenção, o título também, apesar de na época não fazer ideia de quem era Jodi Picoult, desejei com todas as minhas forças ler aquele livro, mas na hora achei caro, como de fato os livros dela são (em média R$ 40,00 a R$ 50,00), mas em uma outra oportunidade o arrematei por R$ 12,00 (que diferença não?).

É fácil entender porque a autora é a nº1 na lista de best-sellers do The New York Times, ela possui sete livros publicados no Brasil, já li todos eles e sou apaixonada por cada um, ela te envolve, te faz intima dos personagens, te faz sentir falta deles e aborda temas nada fáceis como dilemas éticos, problemas familiares, ela expõe tão bem ambos os lados que ao final da história você muitas vezes se pergunta quem está certo.


O Filme Perfeito poderia ter o título alterado para "O LIVRO Perfeito". Nele conhecemos uma mulher que acorda desmemoriada em um cemitério, ao sair vagando pelas ruas encontra Will Cavalo Alado, um descendente indígena que está de mudança para a cidade por ter sido transferido para a delegacia de Los Angeles, como só iniciaria seu trabalho como policial na segunda feira decide então levar Cassie para sua casa pelo final de semana, até conseguir em seu trabalho maiores informações sobre aquela mulher misteriosa.
Will ao começar seu trabalho como policial ajuda a mulher, a quem é apelidada com "Jane ninguém", ele a ajuda a recobrar a memória aos poucos e encontrar sua família, mas para a surpresa de todos a mulher desconhecida é Cassie Barrett, uma antropóloga casada com nada mais, nada menos do que o talentoso, rico, charmoso e envolvente ator Alex Rivers.

"...Alex Rivers soltou a mão dela e a envolveu pela cintura.
- Se não recuperar sua memória - ele sussurrou-, vou fazê-la se apaixonar por mim novamente."

Sabe quando você é adolescente e sonha em se casar com o seu ator favorito? Parece um conto de fadas, tudo parece lindo e perfeito... de fato é. Alex Rivers é o homem dos sonhos de qualquer mulher, além das qualidades citadas acima, ele ainda é romântico e perdidamente apaixonado por Cassie. Emprestei esse livro a uma amiga ano passado, ela o devorou e disse: "Renata, estou apaixonada pelo Alex!", e realmente é isso que acontece, você sente inveja de Cassie, se apaixona pelo Alex a cada demonstração de amor e carinho que ele tem por ela. Mas infelizmente nem tudo são flores, conforme a leitura você irá descobrir que nada pode ser completamente perfeito, Alex teve uma infância difícil, e sofre crises agressivas onde perde o controle e acaba agindo de violência com sua amada esposa, mas de imediato se arrepende e faz de tudo para recompensá-la.

"- Quem é você? - Perguntei. Ele respondeu: - Sou o homem que tem esperado por você a vida toda."
O arrependimento de Alex é verdadeiro, ele sofre em machucar sua amada, mas será que o amor realmente suporta tudo?

23 fevereiro, 2012

Livro: A Guardiã da Minha Irmã

Dizem que não se deve julgar um livro pela capa, mas e pelo autor?
Sempre que vejo nas prateleiras qualquer livro da autora Jodi Picoult, compro imediatamente, não me preocupo nem em ler a sinopse, tenho certeza que seja qual for o assunto abordado, será fantástico.

Concebida por meio de uma fertilização in vitro, Anna foi trazida ao mundo para ser uma combinação genética para a sua irmã mais velha, Kate, que sofre de leucemia promielocítica aguda. Aos 15 anos, Kate passa a sofrer de insuficiência renal. Anna sabe que se doar seu rim, ela terá uma vida limitada. Ciente de que terá de doar um de seus rins para sua irmã, Anna processa os pais para obter emancipação médica e direito sobre seu próprio corpo.




Sara e Brian pareciam ter a família perfeita, feliz. Um casal que se amava, possuíam dois lindos filhos: Kate e Jess. Mas infelizmente aos dois anos Kate é diagnosticada com um tipo raro de câncer, após tentar vários tratamentos frustrados a família decide então conceber uma criança geneticamente programada para ser a doadora de Kate, através de fertilização In Vitro. Assim nasce Anna, que quando completa doze anos, cansada de todas aquela doações invasivas, é intimada por sua mãe a dor um rim a Kate que sofre de falha renal. Anna decide então procurar o advogado Campbell Alexander e entrar com um processo de emancipação médica, para que ela tenha poder sobre as decisões de seu corpo.

 Este é de longe o livro mais lindo e envolvente que já li. É difícil largar, se afastar de toda trama que Jodi faz como ninguém. A história é narrada por sete personagens, cada hora temos um ponto de vista diferente, a cada capítulo é narrado por um personagem, e ao contrário do que parece não é nada confuso, é perfeito. Você se surpreende torcendo pela emancipação de Anna, a cura de Kate, sente pena da Sara e do Brian e se surpreende com Jess. O desfecho da história para mim foi surpreendente e me fez transbordar de lágrimas.

Recomendo de olhos fechados, mas com o coração sempre aberto QUALQUER livro da autora, será sempre uma agradável e doce leitura.

Baseado no livro, foi feito o filme "Uma Prova de Amor", dizem que é lindo, ainda não assisti, mas me encantei com o Trailler.